Quinta-feira 20 Jumada Al-Awwal 1446 - 21 Novembro 2024
Portuguese

Jogos eletrônicos

Pergunta

Qual é o parecer sobre jogar ou permitir que os filhos joguem os diversos jogos eletrônicos que estão amplamente disponíveis, como os produzidos por empresas como Sony e Nintendo, etc.?

Texto da resposta

Todos os louvores são para Allah.

e que a paz esteja sobre o Mensageiro de Allah.

Aquele que olha esses jogos verá que eles são baseados em habilidades mentais e reações ou decisões individuais. Estes jogos são de vários tipos, com muitos aspectos. Alguns deles assumem a forma de batalhas ilusórias que treinam uma pessoa sobre o que fazer em circunstâncias semelhantes [na vida real]; alguns são baseados em estar alertas para se salvar do perigo; combater inimigos e destruir alvos; planejar; aventurar-se; encontrar a saída de um labirinto; escapar de bestas selvagens; correr com carros, aviões, etc.; superar obstáculos; procurar por tesouro. Alguns jogos aumentam o conhecimento e abrangem mais interesses, como jogos que envolvem separar coisas e juntá-las novamente; quebra-cabeças; construir, colorir, sombrear e iluminar coisas.

A decisão shar'i:

O Islam não proíbe o lazer ou a diversão de formas permissíveis. A regra básica relativa a esses jogos é que eles são permitidos desde que não atravanquem o caminho de deveres obrigatórios – como o oferecimento da oração (isto é, rezar corretamente e no horário) e honrar os pais – e desde que não incluam qualquer coisa que seja haram. Há, no entanto, muitos elementos haram nesses jogos, como os seguintes:

Jogos que retratam guerras entre as pessoas deste mundo ("bons") e pessoas do céu ("maus"), com todas as implicações de acusações contra Allah, glorificado seja, ou os nobres anjos.

Jogos que envolvam santificar a cruz ou passar por ela para ganhar força, trazer de volta à vida ou dar ao jogador "vida" extra e assim por diante. Além disso, os jogos que são usados ​​para desenhar cartões de aniversário como na cultura cristã também são proibidos.

Jogos que aprovam feitiçaria/magia, e que glorificam bruxas/mágicos/feiticeiros, etc.

Jogos que são baseados no ódio ao Islam e aos Muçulmanos, como o jogo em que um jogador recebe 100 pontos se atingir Makkah, 50 pontos se atingir Bagdá e assim por diante.

Jogos que glorificam os kuffar e mostram orgulho em pertencer ao grupo deles, como jogos em que, se um jogador escolher um exército pertencente a um estado kaafir, ele se torna forte e, se eleger um exército pertencente a um estado árabe, ele se torna fraco. Além disso, jogos que ensinam uma criança a admirar clubes esportivos dos kuffar e os nomes dos jogadores kuffar.

Jogos que incluem representações de nudez e alguns jogos que permitem ao vencedor ver uma imagem pornográfica; jogos que corrompem o moral, como jogos onde a ideia é fugir com uma namorada dos bandidos ou de um dragão.

Jogos baseados em ideias de jogos de azar.

Música e outras coisas que são conhecidas como proibidas no Islam.

Dano físico, como danos aos olhos e ao sistema nervoso; efeitos nocivos dos sons do jogo nos ouvidos. Estudos modernos mostraram que esses jogos podem ser viciantes e prejudiciais ao sistema nervoso, além de causar estresse e tensão nervosa em crianças.

Acostumar as crianças à violência e criminalidade, ensinando-as a matar e assassinar, como no famoso jogo "Doom".

Corromper o senso de realidade infantil, ensinando as crianças sobre um mundo de ilusões e coisas impossíveis, como retornar dos mortos, poderes sobrenaturais que realmente não existem, imagens de alienígenas e assim por diante.

Nós detalhamos alguns dos perigos ideológicos e as coisas que são proibidas pelo Islam porque muitos pais e mães não prestam atenção a essas coisas, e oferecem esses jogos a seus filhos e os deixam brincar com isto.

Também devemos salientar que não é permitido competir por prêmios ao jogar esses jogos eletrônicos, mesmo que o próprio jogo seja permitido, porque eles não são um meio de jihad, e eles não o ajudam a desenvolver força para jihad.

A Fonte: (al-Musaabaqaat wa Ahkaamuhaa fi'l-Shari'ah al-Islaamiyyah, pelo Dr. Sa'd al-Shathri)