Todos os louvores são para Allah.
O Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) fez uma concessão a al-'Abbaas permitindo que ele passasse a noite em Makkah para que pudesse dar água aos peregrinos, este é um serviço público. Da mesma forma, ele concedeu uma concessão aos pastores, permitindo que eles não passassem a noite em Mina, porque cuidavam das montarias dos peregrinos. Estes são como aqueles que não passam a noite lá a fim de cuidar dos interesses das pessoas, como médicos e bombeiros, e assim por diante. Essas pessoas não precisam passar a noite lá, porque as pessoas precisam delas.
Com relação àqueles que têm desculpas individuais, como quem está doente, quem está cuidando (de um doente) e assim por diante, eles estão sob a mesma decisão? Existem duas opiniões acadêmicas:
Alguns sábios dizem que eles estão sob o mesmo parecer, porque eles têm uma desculpa.
Outros sábios dizem que não estão sob a mesma decisão, porque suas desculpas são individuais e não gerais.
O que me parece ser o caso é que aqueles que têm razões estão sob o mesmo parecer, como uma pessoa doente que precisa ser mantida sob observação num hospital nessas duas noites, a décima primeira e a décima segunda. Não há nada de errado com isso e esta pessoa não precisa oferecer fidyah, porque esta é uma razão válida. O fato de que o Mensageiro (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) abriu uma concessão que permitia a al-'Abbaas (que Allah esteja satisfeito com ele), embora ele pudesse ter delegado alguém dos povos de Makkah que não estivesse fazendo Hajj (para executar tal tarefa), indica que a questão de permanecer durante esta noite em Mina é flexível, ou seja, não é tão estritamente obrigatório. Mesmo o Imam Ahmad (que Allah tenha misericórdia dele) supôs que aquele que não passou a noite em Mina numa dessas noites não necessitaria oferecer fidyah; ao contrário, só deveria dar algo em caridade, ou seja, dez ou cinco riyals, de acordo com a situação. Fim da citação.
Majmu’ Fatawa Ibn' Uthaimin, 23/237