Todos os louvores são para Allah.
Em primeiro lugar:
Al-Bukhari (855) e Muslim (564) narraram de Jaabir ibn 'Abdillah (que Allah esteja satisfeito com ele) que o Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) disse: "Quem comer alho ou cebola, que esteja longe de nós, ou mantenha-se afastado de nossa mesquita e permaneça em sua casa."
Muslim (567) narrou que 'Umar ibn al-Khattaab (que Allah esteja satisfeito com ele) ofereceu uma khutbah numa sexta-feira na qual, entre outras coisas, ele disse: "Ó povo, vós comeis duas plantas que não acho além de repugnantes, estas são cebola e alho. Lembro-me que o Mensageiro de Allah (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele), se notasse seu cheiro proveniente de um homem na mesquita, ele emitiria ordens que o dirigessem para al-Baqi' (para fora). Quem as comer, deixe-as cozinhar até a morte.”
Os fuqaha' (sábios da jurisprudência) declararam que é makruh àquele que comeu alho ou cebola ir à mesquita e que é mustahabb expulsá-lo dela. Alguns deles são da opinião que é haram que a pessoa vá e é obrigatório expulsá-la. Eles acrescentaram aquele que tem um cheiro ofensivo, como cheiro de suor ou mau hálito e aqueles que trabalham em matadouros e similares, se têm um cheiro que incomoda os outros adoradores.
Ibn 'Abd al-Barr (que Allah tenha misericórdia dele) disse em at-Tamhid (6/422):
O hadith mencionado também indica que aquele que comeu alho deve ser mantido afastado da mesquita e deve ser expulso dali, porque o Mensageiro de Allah (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) disse: "Ele não deve se aproximar da nossa mesquita ou nossas mesquitas, porque nos incomoda com o cheiro de alho". Se a razão para expulsá-lo da mesquita é que ele provoca incômodo, então, por analogia, qualquer pessoa que incomode seu vizinho na mesquita – por ter uma língua afiada e insultar as pessoas na mesquita, ou ter um mau cheiro por causa da natureza de seu trabalho, ou ter uma doença que possa prejudicar outras pessoas, como lepra e coisas do gênero, e qualquer coisa que cause incômodo às pessoas – se isto estiver presente em um dos seus vizinhos nas mesquitas e quiserem expulsá-lo da mesquita e mantê-lo longe dela, eles têm o direito de fazê-lo, desde que a razão para fazê-lo esteja presente, até que esta não esteja mais presente. Uma vez que a razão não esteja mais presente, a pessoa tem o direito de retornar à mesquita. Citação final.
Assim, é sabido que é essencial afastar o aborrecimento e dano dos adoradores. Se eles estão incomodados por alguém que tem um resfriado ou uma tosse, e que não pode ser tratada por meio de medicamentos que reduzam e diminuam o aborrecimento e prejuízo – que são muitos hoje em dia – então, esta pessoa não deve frequentar a mesquita até que a razão do incômodo aos outros adoradores desapareça. Se ele puder rezar no átrio da mesquita ou no pátio, pode fazê-lo.
Na margem de Asna'l-Mataalib (1/262) é dito: Se a pessoa tem um odor ofensivo e é capaz de ficar fora da mesquita, de tal forma que não cause aborrecimento, então é apropriado que ela seja obrigada a comparecer à Jumu'ah (oração congregacional de sexta-feira). Citação final.
Em segundo lugar:
Se um homem tem uma doença que Allah, Exaltado seja, fez com que o contato com pessoas afetadas cause a contração dessa doença, o que é chamado de doença contagiosa, então ele é desculpado por não comparecer à Jumu'ah e orações em congregação, para que não prejudique outros adoradores. De fato, ele pode ser impedido de entrar na mesquita até que sua doença tenha desaparecido, porque o Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) proibiu trazer um doente entre os saudáveis, como al-Bukhaari (6771) e Muslim (2221) narraram de Abu Hurairah (que Allah esteja satisfeito com ele) que disse: O Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) disse: "Nenhum doente deve ser colocado perto de um saudável.”
Para mais informações sobre a questão do contágio, consulte a resposta à pergunta n°. 45694
O Dr. Sulaimaan ibn Waa'il at-Tuwaijri, membro do corpo docente da Universidade Umm al-Qura, foi interrogado sobre um homem afetado por uma doença contagiosa (como o sarampo) – ele é obrigado a rezar na mesquita com a congregação?
Ele respondeu: Uma das desculpas que dispensam a oração em congregação e participação da Jumu'ah é a doença, se a recuperação desta doença for adiada ou se ela piorar. Isso também inclui doenças contagiosas, cujo dano pode ser passado para outras pessoas. Neste caso, o indivíduo é dispensado e não é obrigado a rezar em congregação por causa de sua doença e pelo medo de contágio, porque o Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) proibiu que aquele que comeu alho ou cebola vá à mesquita para que o povo não se incomode com o seu cheiro, e este (ou seja, o que está doente) é, obviamente, mais incômodo do que aquele que havia comido algo que possui um cheiro ofensivo. E Allah sabe melhor. Que Allah envie bênçãos e paz sobre o nosso Profeta Muhammad, sua família e companheiros.
Citação final do site Islam Today,
E Allah sabe melhor.