Sexta-feira 17 Shawwal 1445 - 26 Abril 2024
Portuguese

Diretrizes sobre coisas que quebram o jejum

Pergunta

E quanto a alguém que está moendo grãos, e algo voa em sua boca como resultado disso, enquanto ele está em jejum?

Texto da resposta

Todos os louvores são para Allah.

Isso não quebra seu jejum, e seu jejum é válido, porque quando isso acontece não é por sua escolha, e não significa que aquilo atinja seus estômagos. Gostaria de aproveitar esta oportunidade para explicar que as coisas que quebram o jejum de uma pessoa – ou seja, relações sexuais, comer, beber, etc. – só o fazem se três condições forem satisfeitas:

1 – que ele saiba (o parecer). Se ele não conhece o parecer, então não quebra seu jejum, porque Allah diz (interpretação dos significados):

"E não há culpa, sobre vós, em errardes, nisso, mas no que vossos corações intentam"

[Al-Ahzaab 33:5]

"Senhor nosso! Não nos culpes, se esquecemos ou erramos"

[Al-Baqarah 2:286]

E o Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) disse: "Minha ummah é perdoada por erros e esquecimentos e pelo que são forçados a fazer." Aquele que é ignorante está cometendo um erro e se ele soubesse não faria aquilo, então se ele faz algo que quebra o jejum por ignorância, então ele não é culpado e seu jejum está completo e é válido, caso ele seja ignorante sobre a decisão ou o período.

Um caso semelhante é quando uma pessoa faz algo que quebra o jejum, pensando que não a quebra, como aquele que faz sangria, pensando que a sangria não quebra o jejum. Nós o diríamos, seu jejum é válido e você não tem que fazer qualquer coisa. E há outras coisas que ocorrem a uma pessoa não por sua escolha; por isso não há culpa sobre ela e aquilo não quebra seu jejum, pelas razões que mencionamos.

Em conclusão, as coisas que quebram o jejum não o quebram a menos que três condições sejam atendidas:

1 – deve-se conhecer o parecer

2 – ele não teria esquecido que está em jejum

3 – ele estaria fazendo aquilo por escolha.

E Allah sabe melhor.

A Fonte: Fataawa al-Shaikh Ibn ‘Uthaimin, vol. 1, p. 508